quarta-feira, novembro 29, 2006

Resenha do livro de Schwartz, Stuart B



UFF - Universidade Federal Fluminense
Pós- graduação Lato Sensu em História do Brasil

Maurício de Oliveira

Turma 2007

Módulo Colônia


SCHWARTZ, Stuart B – Segredos Internos: Engenhos e Escravos na Sociedade Colonial, São Paulo, Companhia das Letras, 1995.





A Bahia como espelho do Brasil Colônia

Maurício de Oliveira


SHWARTZ, Stuart B – Segredos Internos : engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835 / Stuart B. Schwartz; tradução Laura Teixeira Motta. – São Paulo : Companhia das Letras, 1988. 474 pág.





Stuart B. Schwartz, famoso historiador estadunidense, conhecido como um brasilianista de renome, PhD pela Columbia University e professor titular na Yale University, marcou mais uma vez sua assinatura no universo de estudos sobre a História do Brasil Colônia com os “Segredos Internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial”, título dado à sua obra Sugar plantations in the formation of Brazilian Society, Bahia, 1550-1835 , por Laura Teixeira Motta.
Segredos Internos foi um dos muitos trabalhos publicados pelo autor , contudo, este desejou marcar literalmente a historiografia brasileira ao vislumbrar e detalhar o contexto de uma nova e profunda visão sobre assuntos que vez por outra esbarram em consensos, como o cotidiano na colônia, as relações de poder entre senhores, lavradores e escravos, a metrópole e seu domínio em terras americanas, a formação da sociedade baiana e por conseguinte a brasileira, o uso e substituição da mão-de-obra escrava indígena pela africana, a importância dos engenhos e do açúcar como instrumentos de desenvolvimento para Salvador e na extensa e fértil região do Recôncavo baiano, as aspirações de uma classe senhorial mal vista pela Coroa portuguesa e subjugada a preconceitos pelos residentes em Portugal, e os conflitos e frustrações dos cativos , entre muitas outras coisas.
Schwartz se mostra recatado, e reconhece a dificuldade de compreender determinados conceitos e modos de se perceber vigentes no contexto brasileiro, pois não sendo um nativo, demorara a observar sentidos e significados, e nem sempre os consegue deduzir, talvez isso faça com que sua obra tenha tanto valor e abrangência e seja reconhecida como quase um clássico por muitos autores, servindo para críticas de uns e aclamada por outros, em função deste ser um olhar de um estrangeiro a falar sobre nossa história – e com propriedade – o que pode nos causar certa repulsa e de outra forma para alguns até estranheza. Contudo, ele não seria o primeiro escritor não nascido no Brasil a falar sobre nosso passado, aliais, muito pelo contrário, é de conhecimento geral que após a independência do nosso país foi promovido um concurso para saber como contar a história do país que “acabara de nascer”, e o vencedor fora um estrangeiro e posteriormente quem a escreveu também o foi. Entretanto, a busca de isenção é uma marca no caso deste escritor contemporâneo nascido nos Estados Unidos.
Segredos Internos nos leva a uma viagem no tempo e no espaço, com uma linguagem simples e momentos de suavidade, porém forte e profunda, vez por outra beirando às de um romance, nos remete de forma quase que didática ao período anterior à formação do Brasil colônia, num verdadeiro mergulho no doce sabor do açúcar e sua importância no mediterrâneo, onde teve início o aprimoramento das técnicas dos engenhos e posteriormente a sua utilização nas ilhas atlânticas da costa africana, aonde chegaram pela expansão marítima ibérica, que levou a cultura da cana para outros lugares no século xv. Foi inclusive lá que os portugueses iniciaram a expansão do seu império, e o uso mais intensivo de mão-de-obra escrava africana, fazendo com que desde muito tempo houvesse a associação entre a indústria açucareira e a escravidão, sobretudo a proveniente da África. Também teve início nestas ilhas o sistema de capitanias e posteriormente até a tentativa de “embranquecer” a população, algo que iria ser também experimentado – sem sucesso – em terras brasileiras. Para muitos autores tudo o que acontecera antes do Brasil, servira como um aperitivo, um experimento que seria levado mais a sério no novo mundo descoberto, mesmo que isso não fosse premeditado.
O uso do cultivo da cana como método para iniciar o povoamento de suas novas colônias é comentado por Schwartz como uma das formas encontradas pela Coroa portuguesa de expandir o seu império, haja vista as dificuldades encontradas pelos lusos no oriente. E este autor nos faz lembrar que no Brasil, Pernambuco já despontava como um grande pólo açucareiro, todavia , a cidade da Bahia (Salvador) fora fundada em 1549, como capital da colônia , e a qual usará a força do açúcar como grande mola propulsora para o seu desenvolvimento e concomitantemente o restante da região do Recôncavo. Pois os engenhos eram como fábricas/indústrias com suas peculiaridades, incertezas, dificuldades de ganhos e possibilidades de ascensão, todavia de uma complexidade muita além da simples moenda de cana e do fabrico do açúcar, pois toda a estrutura de uma sociedade dinâmica, porém agrária, estava presente. Senhores de engenhos, lavradores, escravos, comerciantes, divisões “especializadas” do trabalho, instituições religiosas, instituições de crédito, atividades relacionadas com o porto e as embarcações, além das câmaras municipais, o governo da província, as relações com a metrópole e o restante da Europa, as Leis, os Impostos e por aí segue...
Para Schwartz – que usa como fontes vários registros dos engenhos, anotações de outros pesquisadores como Antonil, a historiadora Rae Flory e o pintor Franz Post, e que admiravelmente faz uso de pensamentos de tão diversos ícones como: Adam Smith, Karl Marx e Engels, não esquecendo de outras dezenas e dezenas de autores e pesquisadores lidos, de causar inveja e de impressionar a qualquer um – a estrutura da sociedade brasileira, e em especial a baiana, tendo como alicerce a mão de obra escrava, fez com que esta se desenvolve-se de forma peculiar. E para explicar ele perpassa o encontro de mundos tão diversos como o indígena e o europeu, e depois a “preferência” pela escravidão africana e seu uso intensivo nos engenhos de açúcar, além de nos lembrar a luta desta com sublevações e resistências na tentativa de busca pela liberdade, com uma paixão e conhecimento, que vez por outra se torna uma descrição de detalhes que em certos instantes pode ser enxergada como uma historiografia narrativa descritiva, um pouco longe de conteúdos ou comentários críticos, mas que nos fazem estar “presentes” em cada momento do acontecido. Sejam eles as reuniões dos poderosos produtores e senhores de engenho, com seus Status e patentes, os questionamentos e tentativas de interferência das Ordens Religiosas, o apadrinhamento nas câmaras municipais, a constituição das milícias ou as desordens causadas pelas insurreições dos cativos, causando pânico em certas vilas.
Em Segredos Internos, Stuart Schwartz labuta sobre leis e impostos da época, registros civis, escrituras oficiais, anotações de engenhos, livros contábeis, registros de imóveis, tipos e valores correspondentes a moedas, medidas e pesos, dentre uma vastidão de fontes, as quais são estudadas com afinco para que ao transpassa-las não levem a raciocínios tendenciosos e que ocasionalmente já trazem consigo embutidas (ou explicitados) certos pensamentos ou acontecimentos. Para isso procura mergulhar em um contexto adverso, na tentativa de dominar um pensamento existente em outra época, construído diante das circunstâncias que hoje não existem mais, numa tentativa de reviver algo não vivido e extremamente complexo. E insisti em renegar o declínio que temos em construir o passado por meio de nossos pensamentos atuais, os quais tendenciam todo e qualquer escrito, pois somos sujeitos e parte do nosso tempo e lugar, acostumados com nossas visões e pensamentos (outrora construídos) baseados no nosso modo de ver, deduzir e mensurar, e acordo com nossos pontos de vista, subjugados por nossa ótica e experiência.
Nesta obra, pode ser notada também uma presença constante de citações ou estudos feitos por outros autores, o caso de Antonil é um deles, pois este visitou a época, alguns engenhos no período de seus funcionamentos e foi usado como fonte constante de pesquisa. Em dado momento exorta o poder do açúcar na sociedade colonial, o qual não deixou de ser o principal produto de exportação brasileiro, mesmo no auge da produção aurífera. Em certa altura faz comparações com historiadores clássicos como Celso Furtado ou Simonsen, contestando números levantados por estes no tocante aos lucros, despesas e a importância do açúcar para com o desenvolvimento da sociedade brasileira e em especial a baiana. Assim como confronta seu ponto de vista com idéias e pensamentos de outros escritores brasileiros, os quais não traduziriam – isentamente – a realidade correspondente a determinadas épocas.
Enfim, Stuart Schwartz teve como foco central de suas pesquisas neste livro, os engenhos na região de Salvador e Recôncavo, procurando esquadrinhar, investigar todas as suas particularidades, traçando com isso um espelho da sociedade baiana que girava em torno do fabrico do açúcar, e nisso expande esses conceitos para todo o restante da sociedade brasileira colonial.

segunda-feira, setembro 11, 2006

September 11


11 de Setembro!!!
Feliz Aniversário!!!!!
Data marcante, lembrada e comentada por toda a humanidade em função dos atos terroristas que sacudiram com o brio de muitos. Mas também um dia memorável para lembrar e comemorar o aniversário de uma pessoa querida , a Srª Jacqueline ! Hoje ao lado do seu esposo, o Adolfo, vive com saudades de seus camaradas e familiares aqui do Brasil. Muitas felicidades e alegrias neste dia. Lembranças e sorrisos hoje e sempre. Até a vitória, Sempre!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, agosto 25, 2006

Fotos e momentos lendários


Há momentos impagáveis de tão extraordinários que são. Ao menos para mim, este foi um deles. Um passeio para o para o paraíso de Angra dos Reis, aliás foram dois com a galera. Me recordo de um em que a nossa bebida era apenas cerveja , quando não era refri., e não água. Muito bom...
Sorrisos largos, histórias encantadoras e instantes melhores ainda....



quarta-feira, agosto 23, 2006

Acampamento inesquecível!!!!


Acampamento em Itaipu


Dias e noite alucinantes*

Por Maurício de Oliveira





Muitas vezes nem tudo é sempre do jeito que a gente quer. É claro que queríamos ter um montão de grana para poder ir para qualquer lugar que desejássemos, ou então muitas vezes desejaríamos estar ao lado de outra (s) pessoa (s) , mas o criador como sempre sábio e paciente, nos pÔs juntos alguns dias neste Carnaval, por motivos que nem sempre conseguimos compreender.
Lá formávamos uma só família, tudo bem que muitas vezes a família parecia muito mais de alguns do que de outras, ou então se comparava a uma daquelas festas só de amigos que sempre aparece uns penetras, mas todos nós soubemos dar a volta por cima de qualquer inconvenientes.
Alguns pequenos instantes foram transformados em momentos eternos de alegria. E quando amanhecia, o céu azul e o sol incandescente sempre estava lá para nos saudar. E enquanto outros mortais surgiam de todos os cantos para tomar banho de mar ou de sol, nós já estávamos à vontade, pois a praia era nossa.
Nós não participamos como meros e simples espectadores, nós fomos os personagens centrais de uma história de momentos mágicos, e muitas vezes até engraçados. As dificuldades que em alguns momentos tivemos em nos alimentar e de mantermos nossos padrões de conforto caseiro, eram suplantados pela nossa vitalidade, nossa energia e a nossa vontade de viver em instantes de plena felicidade.
Quando a noite caía, com sua escuridão uniforme, sem perguntar ao sol se ele queria ir dormir ou não, nós nos mantínhamos iluminados e dispostos com a luz sublime que vinha de dentro de nossos corações. As estrelas tomavam formas incontáveis, bastava-se apenas prestar atenção às suas posições estratégicas e usar um pouco de nossa percepção, aí se enxergava árvores, flores, aves e até uma taça de sorvete (haja imaginação!). com tantas estrelas naquele céu azul e infinito, que bastava se sentar em um canto qualquer ou para quem tivesse condição para poder deitar, era só ficar olhando para cima que inspiração não faltava para ficarmos em harmonia com nós mesmos.
O brilho podia ser visto em todos os nossos olhares, era como se refletissem a nossa felicidade interior por compartilharmos juntos de simples , porém eternos momentos. Era como se pudéssemos voltar a ser crianças mais uma vez e fazer tudo o que quiséssemos de novo.
Para todos nós, somente o céu era o limite, porque o mar tínhamos ao alcance a qualquer momento que desejássemos, a areia era o nosso quintal , a nossa área de lazer, as pedras o nosso muro, e à noite as luzes de Copacabana o nosso grande sonho.
Sem se importar com o que nós mortais desejávamos ou não , os raios de sol iam furando o bloqueio noturno. E mais uma noite em que se ouvia o rangido do mar com suas ondas a se debater nas areias ía-se embora.
A admiração que tivemos por corpos mais que perfeitos naquela praia, e os desejos mais que secretos que imaginamos em momentos de descontração, depois deram lugar a nossa realidade que nós mesmos construímos. É inegável que as meninas observavam os músculos e outras formas másculas de inúmeros rapazes que passavam diante de suas pupilas, mas o olhar que possuíam eram somente de admiração (tomara que tenha sido só isso!). E nós homens, animais como sempre, ficávamos quase que hipnotizados por beldades tão próximas... todas aquelas “diabas” ou “deusas”, como queiram chamas, com suas formas esculturais e corpos hiper torneados nos levavam ao delírio. Com tantos conjuntos de pernas e bumbuns perfeitamente maravilhosos a circular diante de nossos olhares, com sorrisos, cinturas e seios impressionantemente lindos, os quais teimavam em desafiar a lei da gravidade em se manterem sempre empinados para cima, que nem sabíamos para que “point” prestar mais atenção. Claro e lógico que nos sentíamos atraídos e seduzidos, mas tudo isso sempre esteve , está, e se o criador permitir, sempre estará em nosso modo de ser.
Fazer o que...
É algo que está acima de nossas forças. E além do mais, o belo é para ser visto e admirado.
Bem camaradas, mais sincero impossível. E talvez este seja um de meus pontos marcantes.
Espero ter agradado ao maior número possível de todos vocês.
Foi muito bom estar com todos.
Foi muito bom enquanto durou.




*Transcrito exatamente do original de 1997.

terça-feira, agosto 15, 2006

1900 e antigamente III ...



Sério!!! Será que faz tanto tempo assim?!?!?! Bem, essa barbudinho ao lado ao sarcófago faz bastante! Eu de shortinho azul com muchila nas costas em busca de alguma aventura também! Pow na van também? aí é sacanagem!!! Assim como na barraca de camping e fazendo pose entre os coqueiros. A mas recente é essa tipo tarzan . A imagem no meio do mar é do pôr do sol no meio da Baia de Guanabara... inesquecível...




terça-feira, maio 23, 2006

1900 e antigamente II ...

Doces e inesquecíveis lembranças de uma época que , infelizmente, não volta mais. Quer queira ou não, os anos se foram e em minha face o sorriso é um pouco diferente, pois as rugas teimam em querer aparecer, mesmo contra a minha vontade e esperança e numa proporção quase sem controle. Mas, apesar de tudo continuo vivendo feliz, como nestes lindos e encantadores momentos do passado- numa das praias semi-desertas da Ilha Grande, RJ - ou numa outra cachoeira na Serra do Rio de Janeiro (Magé). Contudo, a alegria sempre esteve, e torço para que esteja, presente um todos os instantes de minha nada mole vida. A grana é cada vez mais curta, o tempo é cada vez mais escasso, e os bens materiais me faltam, mas eu sou chato e teimo em querer continuar sorrindo para a vida assim mesmo, pois ela é linda. Declaro que desejo viver só 100 anos, depois disso talvez eu queira "descansar"

segunda-feira, março 13, 2006

Carnaval 2006














o Carnaval 2006 foi , como sempre, diferente. Desta vez, após comemorar meu aniversário na companhia de meus colegas de Faculdade no Cordão do Bola Preta (sábado de carnaval junto com mais de 150 mil pessoas). Dei um pulinho , infelizmente, de apenas uma semana, em Recife, Olinda, Porto de Galinhas( PE) e João Pessoa (PB). Digo-vos que qualquer lugar que estejamos a passeio é MARAVILHOSO, e neste vos falo que imperdível é o passeio de jangada em Porto de Galinhas. É simplesmente encantador você alimentar os peixes, que vêem comer na sua mão. Se distrair com os repentistas (aquelas caras que ficam inventando rimas ) para você e etc... INESQUECÍVEL. A praia de Tambaú, em João Pessoa (apesar de mais deserta do que imaginava), é outro ponto muito bom. vale à pena. Os bonecos gigantes em Olinda são de ficar na memória por longos carnavais, e o frevo e o maracatú em Recife são um pouco diferentes do nosso Carnaval ( aqui do RIO), mas a descontração e animação são encantadores. A Praia de Boa Viagem é bacaninha e o destaque é que a água é morna, vale o passeio. Dentre todas as fotos postadas aqui, a que mais gostei foi a que me mostra sendo salvo da "perdição" pelas lindas e encantadoras freirinhas em Olinda, que saudade...




quinta-feira, janeiro 26, 2006

Casa do Marinheiro

Encantador encontro dos colegas da Faculdade na Casa do Marinheiro (RJ)

A tentativa era de reunir aproximadamente duas dezenas , mas ao longo do dia tivemos apenas uma dúzia de pessoas. Sentimos a falta de tantos(as) colegas de turma, que conviveram conosco durante 4 anos, mas fazer o que? Ainda não foi desta vez... Contudo, a falta de muitos foi compensada pela qualidade, amizade e companheirismo dos que lá estiveram. Momentos de confraternização, emoção, risos e alegrias estiveram presentes. O clima era só festa. Só tenho a agradecer por momentos tão felizes que viví ao lado de todos vocês. Obrigado, muito obrigado a todos. Saibam que você foram, e são, muito importantes para mim.