quinta-feira, janeiro 11, 2007

Será/ que eu vou ser o dono dessa festa/ um rei/ no meio dessa gente tão modesta/ eu vim descendo a serra / cheio de euforia para desfilar/o mundo inteiro espera/ hoje é dia do riso chorar...
Vivemos em uma terra de contrastes, em que se confundem bondade e respeito, como sendo algo de uma pessoa boba e ingênua, e por conseguinte não desejável. Num Mundo que se percebe cada vez mais corrido, em que ninguém tem tempo para nada, e que os próprios vizinhos mal se falam, e que nos trancamos na "segurança" de nosso lar, ao mesmo tempo pode ser notado que passamos a trocar confidências com estranhos através da internet, numa fuga ou busca incessante por algo que não se sabe o quê. Nisso os valores se alteram, se modificam com uma fluidez que vez por outra não conseguimos acompanhar .
A vida real se difere da desejável ou a sonhada nos contos de fada da infância. E o que se percebe é o Mundo do Capital, do dinheiro, do poder de compra, contudo, também o da solidão e do isolamento. Se eu compro eu existo, e isso é o que seria o mais importante, e divulgado com tanta naturalidade que se notam bruscas mudanças no comportamento tornando-se uma verdade indiscutível, a qual já estaria virando um consenso.
Junto a tudo isso, a banalização da violência nos afugenta das ruas , e torna algo abominável em cotidiano, e lev o medo a nos afastarmos cada vez mais da simplicidade e do aconchego das calçadas, e da intensidade do bate papo olho no olho, que outrora fora apontado como tão importante para uma sociedade sadía e feliz.